Workshop com o Instituto Ethos, rodada de negócios com grandes empresas e investidores, networking e o início do programa inédito de amadurecimento de negócios de impacto. Esse foi o cenário do evento que uniu 20 startups no BH-TEC com um mesmo objetivo: acelerar o desenvolvimento de soluções em busca de futuro sustentável.
O encontro realizado nesta sexta-feira (25) reuniu todas as participantes de dois programas executados pelo Parque Tecnológico de Belo Horizonte: Nautilus e o promovido pelo Prêmio de Combate à Crise Climática, uma iniciativa em parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Foi um dia especial. Trouxemos as duas turmas para uma capacitação conjunta, o que é sempre muito rico. Fomentar a interação entre os grupos é essencial, porque muitos dos desafios enfrentados são semelhantes, e boas estratégias podem surgir dessas conexões”, vibra Camila Viana, Head de Sustentabilidade do BH-TEC.

Ambos os programas têm como foco o amadurecimento de soluções inovadoras de impacto socioambiental, com atenção especial ao enfrentamento das mudanças climáticas em Minas — um dos principais desafios atuais — no programa ALMG.
O evento marcou uma das atividades previstas no cronograma da ALMG — e para o Nautilus, o início oficial da programação.
Dia de programação intensa

As atividades começaram pela manhã, com um momento de integração entre os empreendedores. Em seguida, os participantes assistiram a um workshop voltado à sustentabilidade, conduzido por Alexandre Carrasco, consultor do Instituto Ethos, que trouxe provocações sobre o papel das startups na construção de um futuro.

“O workshop colocou em discussão muito do que a gente enxerga no dia a dia. Sabemos que o único jeito de chegar num futuro mais sustentável é através da combinação não só de tecnologia, mas também de discursos, pessoas, governos e investimento”, afirma Gustavo Tamasco, CEO da Prometeus, uma das participantes do Nautilus.
Rodada de Negócios e atividades práticas

À tarde, as turmas seguiram em trilhas diferentes. Os participantes do programa ALMG vivenciaram uma das etapas mais aguardadas: as rodadas de negócios. Ao todo, foram 35 reuniões entre startups e representantes de empresas, governo e instituições de fomento como Caixa, Invest Minas, ABDE, Prefeitura de Betim entre outros.
“Cada startup conversou com pelo menos três interlocutores estratégicos, alguns com até cinco. A gente fez um esforço grande para garantir que fossem reuniões realmente relevantes, uma oportunidade de terem esse contato com quem realmente é um potencial comprador daquela solução ou um potencial parceiro”, explica Camila Viana.
Startups impressionam organizações convidadas

Entre os convidados da rodada, esteve presente a Invest Minas, agência estadual de atração de investimentos do Governo de Minas, que se interessou pelo potencial da Green Growth.
“O projeto é fantástico. A Green Growth deixou uma boa impressão. É uma empresa que usa drones em áreas de difícil acesso para agricultura, o que ajuda a reduzir o uso de agrotóxicos e melhora o mapeamento do terreno”, exalta o assessor estratégico da Invest Minas, Cássio Ferreira.
“Vamos conectá-los ao BDMG, à Secretaria de Meio Ambiente, mas principalmente com outras empresas de agro pra eles terem mais clientes para ajudar o desenvolvimento da empresa, então a gente pode ajudar em vários pontos essas empresas. É um ciclo virtuoso”, projeta.
Do lado das startups, a avaliação também foi positiva.
“Essas conexões ajudam com investidores, com o governo e com fundos que apoiam soluções sustentáveis. A tecnologia que desenvolvemos não só reduz custos para o produtor, mas também traz benefícios socioambientais”, conta Luís Fernando de Oliveira, CEO da Green Growth.

Para a Befert, o encontro foi uma oportunidade de estreitar laços com instituições-chave em Minas.
“Ter essa conexão com órgãos como a Invest Minas, por exemplo, é de extrema relevância. Esse tipo de apoio é benéfico não só para os empreendedores, mas para toda a sociedade”, reforça Kaio Sardinha, CEO da Befert.
Nautilus dá largada

Enquanto isso, para os empreendedores do Nautilus, o encontro marcou o início oficial da jornada no programa, com uma apresentação das etapas previstas e das diretrizes que vão guiar o desenvolvimento dos negócios nos próximos meses.
A programação incluiu ainda uma oficina de diagnóstico baseada nos Indicadores Ethos, com o objetivo de mapear os principais desafios e oportunidades de cada startup dentro do recorte da sustentabilidade.

“Trabalhamos com os empreendedores um estudo de materialidade para que entendam o que é importante para suas empresas e para as partes interessadas. Em seguida, mostramos como os indicadores Ethos ajudam a tratar esses temas com mais foco e estratégia”, explicou Alexandre Carrasco, consultor do Instituto Ethos e especialista em inovação e sustentabilidade.
A atividade faz parte da fase de mapeamento das demandas individuais de cada empreendimento.