Se a demanda urgente é por ações sustentáveis efetivas, especialistas mostraram hoje, no segundo dia do CIS 24 (II Congresso de Inovação e Sustentabilidade), muito do que já está sendo feito nas empresas e no poder público. Energia limpa, ressignificação de resíduos, medição de biodiversidade são só alguns dos temas mostrados no painel “Cases de soluções tecnológicas para a sustentabilidade”.
Hidrogênio para descarbonizar
Lucas da Silva, da Neoenergia, mediou o painel e mostrou os investimentos em energia renovável feitos pela empresa. “Investimos R$100 milhões em pesquisa e desenvolvimento por ano, sendo a grande parte em eficiência e transição energética. Nos próximos anos, grande parte desse orçamento vai para hidrogênio”, contou Lucas.
O hidrogênio verde, segundo ele, produzido por meio da eletrólise da água, é a alternativa que está sendo adotada para a descarbonização.
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Segurança
O major Vitor Leite, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, mostrou a atuação do órgão e como a cultura do engajamento e da inovação tem crescido na instituição. Ele abordou sobre o uso de materiais sintéticos que aumentam os riscos de incêndio, principalmente em residências, e sobre a criação do Centro Intersetorial de Pesquisas em Alterações Climáticas e Redução do Risco de Desastre.
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Radiografia da floresta amazônica
Mapear um território de floresta tropical em apenas 24 horas, de forma remota e sem entrar naquele espaço. Herbert Lincon, da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, contou sobre a participação da equipe de pesquisadores na competição internacional XPrize Rainforest.
O desafio, segundo ele, era diagnosticar a biodiversidade, de plantas e animais, em 100 hectares da Amazônia. “As florestas tropicais estão sendo destruídas em um ritmo muito maior do que conseguimos compreendê-las”, disse. Os dados ainda são sigilosos e o resultado da competição será divulgado em novembro deste ano.
Para a competição, foi montada uma equipe de mais de 100 pesquisadores nas áreas de taxonomia, DNA ambiental, bioacústica, sensoriamento remoto, robótica e insights. A equipe inseriu cúpulas e armadilhas diversas para pegar insetos diferentes e amostras de água na floresta amazônica.
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Embalagens sustentáveis no radar
Um dos cases mostrados pela Franciele Saorin, do Grupo Boticário, foi a expansão do programa Boti Recicla, que faz logística reversa das embalagens de cosméticos com mais de 4,5 mil pontos de coleta em todo o Brasil.
As embalagens entregues podem ser de qualquer marca, não apenas do grupo, e o volume é levado para 15 cooperativas. “Esse processo se desdobra em uma nova embalagem para uso do próprio Boticário, por uma concorrente ou vira bloco de construção”, explicou Franciele.
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Lixo como oportunidade
“Pensamos no lixo como problema, mas é uma grande oportunidade”, disse Rafael Dutra, da Trashin, para contar como a gestão de resíduos impacta tanto o ambiente quanto o social. Responsáveis pela destinação correta do lixo gerado durante o CIS 24, a empresa é especialista em soluções sustentáveis com base em inovação e tecnologia para promover a economia circular.
Já são 25 milhões de quilos de resíduos destinados corretamente e mais de R$ 3 milhões de renda extra gerada para associações e cooperativas parceiras da Trashin por meio da venda de resíduos. Mais de 2,5 mil famílias são impactadas diretamente em todo o ciclo do resíduo.
Ele mostrou um projeto com o Ifood para a transformação do isopor das embalagens em mobiliário.
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