Após quase 12 meses e 200 atividades, 10 startups impulsionadas e R$ 600 mil distribuídos, terminou hoje (30) o prêmio para estimular o desenvolvimento de tecnologias que enfrentem ou prevejam os efeitos da mudança do clima em Minas Gerais.
Trata-se do Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática, promovido pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) em parceria com o BH-TEC (Parque Tecnológico de Belo Horizonte). O Demoday, ou Dia de Demonstração, marcou o encerramento da iniciativa pioneira no Brasil.
“A iniciativa é pioneira no país: não só levanta discussão, formula bases para uma legislação, mas também tenta entregar soluções e ter uma concretitude maior. E posso dizer que realmente já está dando repercussão: o BH-TEC foi procurado por dois estados para reproduzir nesses locais iniciativa semelhante”, exaltou o CEO do BH-TEC, Marco Crocco.

O Prêmio ALMG selecionou, entre centenas de participantes, 10 startups para impulsionar tecnologias para atuar na previsão ou combate da crise climática em Minas. Além de R$ 60 mil, cada iniciativa passou por um programa coordenado pelo BH-TEC.
“O objetivo principal foi alcançado: dar condições para que a startup consiga acabar de desenvolver essa tecnologia e aplicá-la efetivamente. São 10 soluções aplicadas [confira mais sobre cada uma abaixo] em praticamente todas as regiões do estado mineiro”, reforçou Crocco.
Disruptivo no local ideal
A iniciativa pioneira no Brasil também teve um outro elemento exaltado: as características do estado mineiro. “É impressionante o tamanho do nosso estado – e as diferenças que temos em todos os sentidos. Temos praticamente todos os cenários de uma crise climática dentro do estado de Minas Gerais, a depender das regiões”, enalteceu o presidente da ALMG, Tadeu Leite.

“Então, daí a importância da gente sentar, tentar criar um plano de ação em conjunto, enxergando todas as pontas, todos os lados, todas as dificuldades para a gente tentar amenizar o problema pelo qual estamos passando e se avizinha”, complementou o chefe do Legislativo mineiro.
Durante a realização do prêmio, foram realizados encontros em todas as regiões de Minas, com a formação de grupos de trabalho com especialistas, acadêmicos e poder público. A ideia é que todo esse trabalho produza requerimentos e projetos de lei e até ações no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG).
Soluções para os mineiros
O pioneirismo do prêmio se dá principalmente ao efetivar desenvolvimentos concretos para que a vida do mineiro seja afetada beneficamente. “Esse programa foi revolucionário pra gente, a gente conseguiu fazer muito mais do que esperava desse programa”, exaltou Noreyni Ndiaye, fundador da BiotecBlue, uma das startups participantes.

“É uma entrega realmente efetiva. O programa de fato acelerou todas essas soluções, apesar das diferenças significativas entre as startups participantes. Então, é muito gratificante! Estou super orgulhosa da equipe dos empreendedores”, vibrou a coordenadora do programa e Head de Sustentabilidade do BH-TEC, Camila Viana.
O evento de encerramento também contou com a vitrine das soluções desenvolvidas pelas 10 startups, além de marcar o desfecho da exposição sobre o tema, que exibiu vídeos, painéis de fotografias com audiodescrição e textos sobre experiências bem-sucedidas de convivência com a crise climática no estado mineiro.

“A discussão se finaliza aqui hoje dessa parte, mas o tema crise climática não se encerra aqui. Resolver o problema, não vamos conseguir. Mas temos que enfrentar de cabeça erguida, com a técnica do lado e com a política, também importante para entender a necessidade dos 21 milhões de mineiros”, encerrou o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite.