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Editais como estratégia de inovação e inclusão: ‘Políticas públicas que dialoguem com a sociedade’

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Em um mundo onde a inovação precisa ser inclusiva e acessível, os editais públicos ganham protagonismo como ferramentas fundamentais para impulsionar projetos transformadores. Essa foi a tônica do painel “Editais como Estratégia e Ferramentas Democráticas de Investimento”, realizado na sexta-feira (6) no Minas Summit, com a gerente de Desenvolvimento Institucional do BH-TEC, Cristina Guimarães, como uma das palestrantes.

“O painel discutiu iniciativas públicas e privadas, editais e chamadas públicas como estratégias para fomentar a inovação, além de impulsionar a ciência e tecnologia no estado de Minas Gerais”, destacou a gerente do BH-TEC.

O encontro reuniu importantes nomes para uma roda de conversa no segundo dia de evento | Ana Belo/ BH-TEC

“Também tivemos a oportunidade de debater o quanto é importante que essas iniciativas contenham recortes específicos — como as questões de gênero e raça — para que possamos, cada vez mais, promover diversidade na inovação e construir políticas públicas que dialoguem com a sociedade e incentivem ações afirmativas”, complementou Cristina Guimarães.

Durante a conversa, Cristina também reforçou a importância de que os proponentes estejam atentos à leitura detalhada dos editais e à gestão responsável dos recursos públicos.

“Esses recursos fazem parte da sociedade, então, além da inovação, precisamos ter responsabilidade, especialmente na prestação de contas. Só assim conseguimos fortalecer um ciclo virtuoso em que mais projetos de risco possam acessar capital paciente – aquele que só as agências de fomento conseguem oferecer”, enalteceu.

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Cristina Guimarães, gerente de Desenvolvimento Institucional, representou o BH-TEC no painel | Ana Belo/BH-TEC

Transparência e clareza

A mediação do painel foi feita por Renata Carvalho, analista de marketing sênior da RC Conecta, que resumiu o debate com um foco especial na comunicação dos editais. “Falamos sobre como a comunicação precisa ser clara e acessível para que cada vez mais projetos possam ser viabilizados com os recursos disponíveis por diferentes órgãos. Recursos que fomentam não apenas inovação, mas também inclusão social e equidade”, pontuou.

Renata painel editais
Renata carvalho foi a mediadora da mesa | Ana Belo/BH-TEC

Outro ponto fundamental da discussão foi a transparência no uso dos recursos públicos. Representando a WK Sistemas, Graziele França compartilhou a experiência da empresa com soluções tecnológicas que apoiam a prestação de contas de ponta a ponta.

“Desde o momento em que a startup recebe o investimento, passando pela gestão financeira, orçamentária, compras, até o relatório de prestação de contas, é necessário entregar soluções que garantem adequações e transparência tempestiva”, explicou.

Graziele
Graziele entrega soluções de prestações de contas de ponta a ponta | Ana Belo/BH-TEC

Janayna Bhering, especialista em gestão da inovação, destacou a necessidade urgente de ampliar o alcance da informação:

“Esse painel trouxe à tona uma questão fundamental: muitos recursos de fomento disponíveis ainda não são acessados por diversas instituições — independentemente do porte ou segmento — simplesmente por falta de conhecimento. Por isso, encontros como este são essenciais para divulgar essas oportunidades, especialmente para pequenas e médias empresas, que muitas vezes dependem desses recursos para sobreviver”, afirmou, antes de finalizar:

“Nossa missão é justamente essa: comunicar, dar visibilidade ao que está disponível e, muitas vezes, literalmente pegar pela mão e conduzir essas empresas rumo ao desenvolvimento, ajudando-as a transformar seus sonhos em realidade”. 

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Janayna destacou a importância de encontros como o Minas Summit na divulgação de informações | Ana Belo/ BH-TEC

Papel fundamental

O painel também trouxe a visão de quem vive a importância dos editais no dia a dia das startups. Para Pedro Villar, da Oncotag, essas chamadas públicas são mais que fontes de recursos: são motores da sobrevivência e expansão das empresas de base tecnológica.

“É preciso falar mais sobre isso. Os editais públicos são essenciais para a saúde e manutenção das startups e colocam Minas Gerais em destaque no cenário nacional da inovação. Mas também é hora de envolver mais a iniciativa privada nesse processo”, afirmou.

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Pedro Villar falou sobre a importância de estimular a inovação no estado | Ana Belo/BH-TEC

BH-TEC e Minas Summit

O BH-TEC foi correalizador do Minas Summit. No dia anterior ao painel sobre editais, a programação do palco Praça Sete ficou por conta do Parque Tecnológico, com debates de temas escolhidos a dedo. Além disso, o CEO do BH-TEC, Marco Crocco, participou da Abertura Oficial do evento, considerado o maior de inovação de Minas.

Confira como foi a programação do palco do BH-TEC, na quinta-feira (5):

9h30: “Deep Techs: A ciência como motor da inovação”

10h25: Painel Outlab UFMG

11h10: “Liderando o Futuro Sustentável em Minas com Ciência, Inovação e Impacto”

14h: “Inovação Orquestrada: Como métodos estruturados aceleram a inovação“

15h30: “RMI em foco: o papel estratégico dos ambientes de inovação no ecossistema mineiro”

16h30: “Entre o fato e o feed: Os desafios de comunicar ciência em tempos de ruído”

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