Da sala de aula de Educação Física ao mundo da tecnologia. A trajetória do CEO Rômulo Balga e da Maxbot mostra como inovação, resiliência e propósito podem transformar um sonho em uma empresa que hoje conecta milhares de pessoas todos os dias.
Criada em Belo Horizonte, a startup nasceu dentro do programa Lemonade/UFMG em 2017 e hoje é referência em soluções de atendimento automatizado por meio de chatbots.

Do esporte para a tecnologia
Formado em Educação Física, Rômulo se apaixonou pela tecnologia ao perceber como ferramentas digitais poderiam impactar diretamente o dia a dia das pessoas. “Eu nunca imaginei trabalhar com isso, mas descobri que a tecnologia tem um poder transformador enorme. E foi esse impacto que me fez mudar de área”, conta.
Rômulo, então, mergulhou nessa área e logo percebeu a dificuldade das empresas em oferecer um atendimento de qualidade aos seus clientes. Aproveitando o boom do WhatsApp Business, teve a iniciativa de criar uma solução para suprir essa necessidade.
Os primeiros passos
A ideia da Maxbot surgiu durante o Lemonade, programa de pré-aceleração que reúne empreendedores em busca de transformar ideias em negócios. Na época, Rômulo ainda buscava dar os primeiros passos no empreendedorismo, mas rapidamente percebeu o potencial da comunicação digital e já acumulava experiência com atendimento ao cliente.
Logo no início, a empresa já faturava com os primeiros parceiros, mostrando que havia espaço para soluções de automação de atendimento. “O Lemonade foi um divisor de águas. A gente saiu de lá com uma empresa de verdade, clientes e receita”, relembra Rômulo, CEO e fundador da Maxbot, especialista em marketing e mentor de startups.
Desafios iniciais: o caso WhatsApp
Apesar do futuro promissor, o empreendimento superou desafios. Um dos primeiros obstáculos da Maxbot foi o acesso ao WhatsApp Business API, que, no início, estava restrito a poucas empresas no Brasil. Isso dificultava a entrada de novos players no mercado.
Com criatividade, a startup encontrou formas de se adaptar, usando outros canais e oferecendo soluções alternativas até conseguir a integração oficial. “Esse foi um momento de muita resiliência. Tivemos que ser ágeis, pensar em novas rotas e continuar entregando valor aos clientes”, diz Rômulo.
A solução
A Maxbot desenvolve chatbots e soluções de atendimento digital que ajudam empresas a atenderem seus clientes de forma mais rápida, eficiente e personalizada.

O foco está nas pequenas e médias empresas (PMEs), que muitas vezes não têm acesso a soluções robustas oferecidas por grandes players do mercado. “Nosso cliente quer agilidade e resultado. Ele não quer um sistema complexo e difícil de usar. Quer algo que resolva sua dor de forma simples e direta”, explica Rômulo.
Concorrência e diferenciais
O mercado de automação de atendimento no Brasil é disputado, com nomes como Blip, Take e Zenvia. Mas a Maxbot encontrou seu diferencial justamente no foco nas PMEs e no atendimento próximo.
“Enquanto os grandes miram nas multinacionais, a gente se posiciona ao lado do pequeno e do médio empresário, oferecendo proximidade, preço acessível e suporte humanizado. Nosso diferencial é tratar cada cliente como parceiro”, destaca Rômulo.
Equipe, cultura e crescimento
Hoje, a Maxbot conta com uma equipe enxuta e multidisciplinar. Para Rômulo, a cultura da empresa é um dos principais motores do crescimento. “A gente acredita que inovação não é só tecnologia. É sobre pessoas, sobre a forma como nos relacionamos com clientes e com o time”, afirma.

Além de facilitar a vida de empresas e clientes, a startup busca contribuir para um futuro em que o atendimento digital seja mais inclusivo e humano. “Queremos melhorar a forma como as pessoas se comunicam com empresas no Brasil. Se conseguirmos reduzir frustrações e tornar o atendimento mais justo, já estaremos cumprindo nossa missão”, projeta o CEO.
Participação no Conexões
Neste ano, a Maxbot foi selecionada para o Programa Conexões, iniciativa do BH-TEC com o Sebrae Minas que acelera startups em estágio de tração e crescimento. A experiência trouxe novas perspectivas de negócio, conexões com empresas e acesso a mentorias especializadas.

“O Conexões nos colocou em contato com outros empreendedores e com grandes players. Isso ajuda muito a abrir portas e enxergar oportunidades que sozinho a gente não veria”, destaca Rômulo.