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Chuva. Foto: Guilherme Dardanhan

A chuva chegou! Começa outro tormento?

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Provavelmente já passou pela sua cabeça: se o período de seca foi tão intenso, com recorde de décadas, a temporada de chuvas vai ser tão preocupante quanto?

Belo Horizonte e Minas Gerais, como um todo, costumam sofrer com fortes chuvas: fim e início de ano são tomados por cenas de carros, casas e até mesmo cidades debaixo d’água.

Já que a seca beirou o insuportável, as chuvas serão dramáticas?

Não necessariamente.

Enfim, uma notícia um pouco alentadora.

Quem afirma é Alecir Moreira, especialista em climatologia e professor do Departamento de Geografia da PUC Minas.

“Uma coisa não tem correlação direta com a outra”, inicia o estudioso.

“Em 1963, por exemplo, um ano excepcionalmente seco, foi sucedido por uma estação chuvosa (1963/1964) normal [o período chuvoso é compreendido entre outubro e março]”, esclarece Moreira, antes de finalizar:

“Então, é difícil fazer essa correlação. Depende de uma série de combinações de sistemas atmosféricos para que isto ocorra”.

Uma boa e uma má notícia: não dá pra cravar que será um período com chuvas muito intensas, mas também não dá para descartar a ocorrências desses temporais.

Então, o que é possível ter certeza?

Belo Horizonte e Minas Gerais costumam sofrer com fortes chuvas | Daniel Protzner/Portal ALMG

“O que temos de concreto, neste momento, é a expectativa de configuração de uma La Niña na região equatorial do Pacífico”.

O fenômeno influencia na atmosfera do Brasil e, por exemplo, deve reduzir as chuvas no Rio Grande do Sul.

E em Minas?

“O norte tende a ter mais chuva. Já o oeste, principalmente o centro-oeste, tende a ter uma primavera mais seca”.

Além disso, uma outra certeza.

Mesmo que não ocorram chuvas torrenciais nessa temporada (bate três vezes na madeira!), infelizmente, serão cada vez mais frequentes esses extremos – muito frio, muito calor, muita chuva, muita seca.

“A mudança do clima não é para depois, não é uma questão de previsão: é uma questão de agora, já está acontecendo. A gente mudou totalmente a dinâmica da Terra e isso é sem volta. A Terra não vai voltar a ser a mesma”, afirma a Head de Sustentabilidade do BH-TEC e doutora em Ciências/Microbiologia pela UFMG, Camila Viana.

Mas há uma esperança! Podemos, sim, mudar esse futuro sombrio com mudanças de comportamentos, práticas e políticas.

As pré-inscrições para o prêmio encerram na próxima terça-feira (15)| Sarah Torres/Portal ALMG

Um desses movimentos está sendo liderado pela Assembleia de Minas Gerais, em parceria com o BH-TEC: um prêmio que distribui R$ 600 mil para propostas que amenizem as consequências da crise climática.

Empresas, startups são mais do que convidadas: e pesquisadores, como pessoa física, também podem fazer a inscrição.

Mas atenção! A pré-inscrição vai só até esta terça-feira (15).

Saiba mais nos sites da ALMG e do BH-TEC.

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