Dois meses de imersão, 12 equipes de laboratórios, 16 encontros coletivos, mais de 60 pesquisadores e pesquisadoras envolvidas e mais de 100 horas de atividades. O Outlab UFMG, programa voltado para desenvolver habilidades empreendedoras, gerenciais e promover a interação das infraestruturas de pesquisa da Universidade com o mercado, encerrou a edição 2024 em cerimônia no auditório da reitoria, nessa quarta (30).
“O Outlab, de fato, coloca os nossos laboratórios num portal de transferência de tecnologia, informação e conhecimento para a sociedade. Quero externar nossa satisfação, minha e da professora Sandra [Goulart, reitora da UFMG], de estarmos chegando ao final da terceira edição desta iniciativa que é muito importante para o nosso ecossistema”, disse o vice-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Alessandro Fernandes Moreira, ao abrir a solenidade de encerramento da edição 2024 do programa.
“Agradeço também à comissão organizadora chefiada pelo professor Carlos Basílio Pinheiro, diretor de produção científica da PRPq, conteudistas e todos que fizeram a edição ser ainda melhor que do ano passado. esperamos que seja uma melhora contínua para que cada vez mais pessoas possam cruzar essa fronteira e descobrir que cientistas também podem ser empreendedores”, reforçou o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando Marcos dos Reis.
Acompanhamento
O BH-TEC, mais uma vez, foi responsável pelas metodologias de desenvolvimento implementadas durante todo o programa. O Parque Tecnológico de BH teve um desafio particular, já que participaram laboratórios de diferentes segmentos – de humanas a biológicas.
“É fundamental para a Universidade que o Outlab UFMG continue e seja avaliado. Não basta fazer a política pública, temos que avaliar o que está sendo feito e o que foi feito, o impacto que o programa teve nos laboratórios, acompanhar o desenvolvimento deles para aperfeiçoar as nossas ações. Por parte do BH-TEC, todas as equipes estão convidadas a continuar essa interação participando dos programas e ações do Parque”, enfatizou o CEO do BH-TEC, Marco Crocco.
A diretora de Educação a Distância e Educação Digital da UFMG, Vilma Lúcia Macagnan Carvalho, também esteve presente e parabenizou pela atividade. A DEDD é responsável pela plataforma digital onde a Capacitação em Empreendedorismo e Gestão para Infraestruturas de Pesquisa é hospedada. “A DEDD colaborou nas duas últimas edições e ficamos muito felizes em poder fazer parte viabilizando as ações”, disse.
Empreendedorismo científico
Já para Matheus Azzi, coordenador de Inovação da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) e que também coordena o Outlab UFMG, foi importante ver as mudanças no processo de construção do programa desde 2019 até agora.
“Vimos que o programa modificou muito, a qualidade do conteúdo que conseguimos trazer, as parcerias e, desta vez, a grande novidade que foram os bolsistas. Trazer pessoas da graduação que, muitas vezes, nunca tiveram contato com os laboratórios, para absorver um pouco mais desse ambiente entendendo que o empreendedorismo científico também pode ser uma opção de carreira”, afirmou.
Outlab UFMG
O Outlab UFMG é um programa de extensão coordenado pela Pró-reitoria de Pesquisa (PRPq), apoiado pela Fundep e tem gestão da inovação do BH-TEC. Neste ano, contou com outras duas parcerias: a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT) e a DEDD.
Em sua terceira edição, o programa é uma iniciativa pioneira no país. A primeira edição, criada pela Fundep, aconteceu em 2019. Após o período de pandemia, o programa voltou no ano passado com nova configuração institucional, sendo coordenado pela PRPq, e nova metodologia. Na edição 2023, foram 13 laboratórios participantes e, neste ano, 12 infraestruturas.
A edição 2024 se apoiou no tripé metodológico: teoria, conexão com o mercado e acompanhamento individualizado. Na frente pedagógica está a Capacitação em Empreendedorismo e Gestão de Infraestruturas de Pesquisa, que contou com apoio importante de professores da UFMG. Foram 8 módulos de conteúdos nas áreas de legislação, modelagem de negócios, precificação, comunicação, entre outros.
Nesta edição, as aulas terão formato síncrono e conteúdo disponibilizado de maneira assíncrona como forma de complementar o conhecimento.
Conexão com empresas
Na frente conexão com o mercado, as equipes participaram de momentos de encontro com empresas e exploraram diversos ecossistemas de inovação. No acompanhamento individualizado, as infraestruturas receberam mentoria no desenvolvimento de um roadmap, ferramenta que permite abordagem estruturada e customizada para estratégias de gestão de inovação.
Nesta edição, a grande novidade foi levar aos laboratórios participantes bolsistas de extensão exclusivos para auxiliar no processo de amadurecimento em gestão de negócios inovadores. Todas as três etapas – teoria, conexão com o mercado e acompanhamento individualizado – são complementares e têm o objetivo abarcar ferramentas, metodologias e conceitos que possibilitem capacitar as infraestruturas para atuação em um contexto ampliado de gestão.