Palestrantes e congressistas engajados, programação intensa e uma certeza em comum: o CIS 24 já é um marco no avanço pela economia de impacto em Minas Gerais. Esse é o principal saldo de hoje (29), primeiro dos dois dias de II Congresso de Inovação e Sustentabilidade do BH-TEC, que mobilizou referências nacionais, além de autoridades da academia, do mercado e dos governos estadual e federal.
“Ótimo. Essa é a avaliação para este dia inicial. As discussões foram muito ricas e percebemos um público muito interessado, participando, com perguntas pertinentes”, afirma a Head de Sustentabilidade do BH-TEC, Camila Viana.
O primeiro dia contou com duas mesas sobre negócios e investimentos de impacto e nova economia, além da abertura e a palestra inaugural. A proposta, portanto, foi provocar um debate mais macro, sobre clima e transição energética.
“E amanhã teremos uma agenda um pouco mais focada em questões mineiras, da mineração, da agricultura e com cases de inovação e sustentabilidade, além de uma palestra sobre práticas empresariais”, explica Viana, antes de complementar:
“A expectativa é que tenhamos o mesmo engajamento e sensação de hoje: o Parque Tecnológico de BH aberto para a sociedade e liderando esses temas fundamentais para o nosso futuro”.
Nova economia
Após as atrações iniciais, a mesa responsável por fechar o primeiro dia foi: “Investimentos para transição verde: inovação como vetor da nova economia e industrialização”. O painel teve como moderador o CEO do BH-TEC, Marco Crocco, além dos palestrantes Michael Hennessey, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento); do diretor-executivo da ABDE (Associação Brasileira de Desenvolvimento), André Godoy; e de Patrícia Menandro, da Aondê Consultoria.
“Desde a COP em Copenhague, de 2009, existe uma demanda enorme por recursos para fazer a transição energética. De uma forma geral, o mundo tem trabalhado a questão da transição energética baseado na seguinte premissa: setor público global não tem dinheiro pra enfrentar a questão climática, temos que trazer o setor privado. Desde então, temos uma missão: o que fazer e como fazer para o setor privado aportar esse dinheiro”, contextualizou Crocco.
Desafios para a transformação verde
Michael Hennessey abordou instrumentos de financiamento, soluções que já existem, desafios, sempre como tema central o financiamento para a inovação e a transformação verde. “Foi um painel bem interessante, com várias ideias bem interessantes para enfrentar esse grande desafio”, avaliou.
Confira a fala de Michael Hennessey na íntegra aqui.
Gargalos e oportunidades
André Godoy, ex-diretor da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e diretor-executivo da ABDE, também exaltou o debate. “Importante para que a gente pudesse identificar os gargalos, ver como o setor de financiamento público e privado pode garantir mais investimentos para inovação, para as nossas startups, empresas brasileiras”, afirmou, antes de complementar:
“E, assim, para que a gente consiga reduzir as emissões e, ao mesmo tempo, adaptar nossas cidades para esse futuro que vem por aí”.
Veja o discurso completo de André Godoy aqui.
E a regulação?
Patrícia Menandro, especialista em regulação financeira, foi fundamental para trazer essa ótica ao debate. “Trouxe uma visão ligada aos mercados financeiros de capitais internacionais: há muita coisa mudando em relação à regulação desses instrumentos – de produtos, de fundos – que podem canalizar recursos para essas propostas”, afirmou.
“Precisa muito de coordenação, de foco e da evolução dessa arcabouço regulatório para fazer tudo funcionar”, concluiu.
Veja a fala na íntegra de Patrícia Menandro aqui.