O desastre no Rio Grande do Sul escancarou o que ainda temos dificuldade em enfrentar: as mudanças climáticas e, especialmente, os efeitos causados por isso. Como está Minas Gerais nesse cenário? O povo mineiro está em risco? Levantamento publicado nesta semana revela: 62% dos territórios têm grau alto, muito alto ou extremo de vulnerabilidade.
Assustador, não é mesmo?! Você pode conferir quais municípios estão nessa situação e como está a sua cidade, a sua cidade da sua família etc. Trata-se do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC), cujo lançamento ocorreu nesta semana e os detalhes serão revelados nesta sexta-feira (7), em palestra gratuita no BH-TEC.
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Para participar, basta garantir a sua inscrição gratuita no Sympla – é de graça, mas o auditório do BH-TEC tem capacidade limitada (clique AQUI). O índice será detalhado pela Renata Maria de Araújo, superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
O debate ainda contará com a participação de Gustavo Pinheiro, que acumula mais de 20 anos de experiência na agenda da economia para o clima, desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos humanos.
Estamos em risco?
A superintendente vai detalhar todas as ações na agenda climática de Minas Gerais desde 2005. Entre as ferramentas desenvolvidas pelo governo mineiro está justamente o IMVC, lançado em 2014, a partir de uma parceria com o governo francês, e atualizada esta semana.
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“O índice traz um panorama geral sobre todas as regiões de Minas e, por município, é possível consultar e identificar qual é a suscetibilidade daquele município às mudanças climáticas. A gente associa três indicadores principais: o nível de exposição, a sensibilidade do município e a gente usa como quociente dessa soma a capacidade de adaptação, que está muito voltada para o eixo da resiliência municipal”, antecipa Renata Araújo.
Em 2014, o mesmo índice apontava que 52% dos municípios mineiros possuíam índice alto, muito alto ou extremo de vulnerabilidade climática.
“Dez anos depois, esse percentual aumentou para 62%. E esse aumento ocorreu por quê? Porque a questão climática é transfronteiriça: ou seja, por mais que cada estado tenha sua política pública, as ações têm que ser coletivas, nacionais, têm que ser globais”, afirma.
Dano irreversível
O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) identifica o que não gostaríamos de ouvir: eventos climáticos registrados no planeta são irreversíveis.
“Nesse aspecto, se eu não consigo mais reduzir o nível de aquecimento global e eu não consigo mais atuar para evitar que outros eventos climáticos aconteçam, a solução é buscar uma resiliência maior para o território”, esclarece a especialista.
Os detalhes sobre essa resiliência e tantos outros temas, como, por exemplo, o pioneiro Plano de Ação Climática mineiro, serão compartilhados nesta sexta-feira, no Sexta no Parque, no auditório do BH-TEC.
“Para entender muito mais sobre as mudanças climáticas, a ideia desse Sexta no Parque é trazer a discussão com o foco em Minas Gerais, colocar a lupa no nosso estado. Vai ser um momento muito rico – e urgente”, reforça a Head de Sustentabilidade do BH-TEC, Camila Viana.
O debate será mediado pelo CEO do Parque, Marco Crocco.
Sexta no Parque: Mudanças Climáticas
Quando? Sexta-feira, 7 de junho
Que horas? A partir das 9h30
Onde? Auditório do BH-TEC
Endereço? Rua Professor José Vieira de Mendonça, 770 – Engenho Nogueira
Programação?
9h30: Boas-vindas com lanche
10h: Início da mesa redonda com mediação de Marco Crocco
11h30: Interação com o público
12h: Encerramento com almoço no Restaurante Terraço (não incluído)