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Do Lixo à Solução: como resíduos viram estradas e fertilizantes

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Preservar o meio ambiente, reutilizar resíduos e solucionar problemas: são esses os principais objetivos da Biosfera, startup mineira que, com pesquisa e inovação, gera soluções sustentáveis para problemas antigos.

Participante do programa Nautilus, a empresa, nascida em Minas Gerais, se destaca por inovar na forma em que transformam resíduos poluentes em matéria essencial para a sociedade.

“Tudo o que é considerado lixo, o resíduo final de processo da indústria, para a gente é matéria-prima para desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos, sempre priorizando o cuidado com o meio ambiente, com a comunidade e a captação de CO2 no processo, evitando os gastos de efeito estufa”, explica Érica Campelo, gerente de comunicação da Biosfera, sobre a startup.

Henrique dos Santos, CEO da Biosfera, fala durante o Demoday do Nautilus
Henrique dos Santos, CEO da Biosfera, fala durante o Demoday do Nautilus | Ana Luísa Belo/BH-TEC

Da ideia à execução

Criada a partir de uma siderúrgica de dentro da Universidade Federal de Viçosa (UFV), a empresa começou sua trajetória solucionando os problemas dos rastros de poluição deixados por essa atividade – e não parou mais.

“Tínhamos um desafio: transformar as pilhas de restos da siderúrgica. Aquilo ia para a terra e fazia muito transtorno para o rio e para a comunidade, principalmente em relação à saúde”, explica Érica.

Estufa onde são produzidos alimentos na sede da Biosfera
Estufa onde são produzidos alimentos pela Biosfera | Divulgação

“No começo, utilizávamos essa pilha de restos da siderurgia em pavimentação ecológica, recuperando áreas de estradas vicinais, estradas de terra, que até então eram um problema sério para a comunidade local. A partir desse agregado que virou pavimento, a própria comunidade pôde chegar às feiras, aos hospitais, as crianças puderam ter acesso às escolas, porque até então existia muita dificuldade em função da poeira, da terra e da lama que gerava nas estradas”, completa.

Desde o princípio com forte apelo às questões ambientais, a Biosfera não se ateve apenas aos componentes siderúrgicos: hoje, trabalham com resíduos de mineração e recursos energéticos.

Expectativas de um futuro melhor – para todos

Participante do Nautilus, a gerente de comunicação se mostrou empolgada com a ajuda oferecida pelo programa, visando uma melhora para a sua empresa.

“O Nautilus deu para a gente um conhecimento do entorno de direcionar mais os nossos processos para os nossos clientes. É possível fazer muita coisa, assim, em termos de resolver soluções. O programa nos ajudou muito”, afirma a jornalista.

Equipe da Biosfera posa para foto
Equipe da Biosfera posa para foto | Divulgação

Pensada para aliviar e ajudar a vida em sociedade, a Biosfera espera, para os próximos anos, alcançar esse objetivo.

“Para nós, hoje, não tem como deixar de minerar ou produzir aço, não tem como deixar de produzir frango e outras atividades do agro. Mas a gente pode fazer isso de forma consciente. Então, a meta é que a Biosfera seja referência nessa parte de sustentabilidade, com projetos espalhados em todo o Brasil, mostrando que a gente transformou resíduos em recursos sustentáveis”, finaliza Érica, sobre suas expectativas.

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