As etapas regionais do Fórum Técnico Minas Gerais pela Ciência chegam ao fim, na UFMG, com a reunião de cientistas, autoridades e referências e uma grande meta: uma política pública permanente.
A reivindicação feita pelo CEO do BH-TEC, Marco Crocco, é reforçada por outros participantes foi a tônica da mesa derradeira.
“Temos um ambiente produtor de conhecimento e mão de obra extremamente rico, mas precisamos de política pública permanente”, pontuou o CEO do Parque Tecnológico e presidente da Rede Mineira de Inovação, Crocco.
O sétimo e último encontro da programação, realizado nessa sexta (11), reuniu cientistas e lideranças das regiões Metropolitana de Belo Horizonte, Central e Centro-Oeste.
O objetivo principal da iniciativa é elaborar o Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, com diretrizes para o desenvolvimento socioeconômico, reduzindo as desigualdades e garantindo a sustentabilidade ambiental.
Um farol para guiar Minas
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“Que a ciência seja um farol para guiar nosso Estado, nosso País. Esta é uma defesa da sociedade brasileira”, afirmou a reitora da UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida.
A mesma linha foi reforçada por outra integrante da mesa, a presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, Beatriz Cerqueira.
“Nossa batalha é para que Minas tenha uma política de Estado”, reforçou.
O fórum tem também metas específicas: busca mapear o trabalho científico realizado no Estado, mobilizar representantes de instituições, poderes públicos, empresas e movimentos sociais, além de promover a integração regional com projetos nacionais.
MG: mais de 400 instituições de ciência e tecnologia
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Atualmente, há mais de 400 instituições com trabalhos voltados para ciência e tecnologia sediadas em Minas. Conforme dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sede), formam o ecossistema:
- 202 institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação
- 58 institutos de ciência e tecnologia
- 86 institutos nacionais de ciência e tecnologia
- 86 institutos nacionais de ciência e tecnologia
- 37 núcleos de inovação tecnológica
- 8 parques tecnológicos
- 13 laboratórios, centros de pesquisa ou instituições de ensino que se associam à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Para o diretor de Infraestrutura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Vitório de Freitas, é necessária a proximidade das atividades de pesquisa com projetos de extensão.
Estudante de ciências biológicas e representante discente, Luana de Oliveira deu ênfase ao senso de pertencimento, fundamental para envolver toda a sociedade no debate.
Já o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Lucas Mendes Soares, listou investimentos recentes para aprimorar iniciativas científicas.
Etapa final em novembro
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Durante a tarde, dois grupos de trabalho discutiram e votaram propostas divididas em quatro subeixos.
A primeira equipe abordou “Estrutura da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado de Minas Gerais” e “Cidades Inteligentes, Sustentáveis e Criativas”. A segunda tratou de “Desenvolvimento Social e Qualidade de Vida” e “Natureza e Sociedade”.
Para a etapa final do Fórum Minas Gerais pela Ciência, que vai ocorrer de 25 a 27 de novembro na ALMG, os representantes dos grupos de trabalho deverão apresentar, entre outras demandas, as de monitoramento permanente dos recursos naturais e de inclusão dos saberes populares no uso de tecnologias sociais.
Também serão defendidas alternativas de financiamento da pesquisa e iniciativas para amenizar efeitos das mudanças climáticas.